beneficios flexiveis
17 junho
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Os benefícios flexíveis são cada vez mais utilizados por empresas que desejam valorizar a individualidade dos colaboradores e promover um ambiente de trabalho mais inclusivo.

No entanto, sua implementação exige atenção especial às normas trabalhistas e fiscais para evitar irregularidades ou passivos jurídicos.

Permitir que o colaborador escolha como usar os benefícios recebidos pode, de fato, aumentar o engajamento, mas essa liberdade deve estar respaldada por instrumentos jurídicos adequados e soluções seguras, evitando o uso indevido de ferramentas como cartões de benefício flexível para fins de premiação, prática que pode gerar riscos sérios para a empresa.

Neste artigo, você vai entender como funcionam os benefícios flexíveis, quais cuidados legais são indispensáveis, e como aplicá-los de forma prática e segura.

O que são benefícios flexíveis e como funcionam na prática

Os benefícios flexíveis são um modelo de concessão que permite ao colaborador decidir onde e como utilizar o valor recebido.

Diferente dos benefícios tradicionais, que limitam a utilização ao vale-alimentação ou transporte, esse modelo amplia o leque de possibilidades, desde que dentro das categorias previstas pela legislação.

Esse formato é possível por meio de cartões com múltiplas categorias habilitadas, como alimentação, saúde, cultura, mobilidade e educação. O colaborador acessa o benefício por meio de um único cartão e decide como distribuir o saldo entre as categorias disponíveis.

Apesar da praticidade, é necessário destacar que benefícios têm uma finalidade específica e devem seguir o previsto na legislação, especialmente quando associados ao PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador).

Sua concessão deve sempre respeitar os critérios legais e não pode ser confundida com ações de incentivo ou premiação.

Por que os benefícios flexíveis são tão valorizados?

A valorização dos benefícios flexíveis está relacionada a três fatores centrais:

  1. Personalização do pacote de benefícios: cada colaborador possui necessidades diferentes. Ao oferecer opções como vale-cultura, auxílio psicológico ou mobilidade urbana, a empresa demonstra cuidado com o bem-estar individual e promove maior adesão aos programas de RH.
  2. Incentivo à diversidade e inclusão: esse modelo respeita diferentes perfis, pessoas com filhos, solteiros, profissionais de diferentes gerações ou contextos. Isso gera uma percepção de acolhimento e cuidado.
  3. Aumento da satisfação e retenção de talentos: com liberdade para compor seus próprios benefícios, os colaboradores tendem a se sentir mais motivados, o que impacta diretamente no clima organizacional e na retenção de talentos estratégicos.

O que a lei diz sobre benefícios flexíveis

Para empresas que aderem ao modelo de benefícios flexíveis, é fundamental seguir os seguintes princípios legais:

  1. Finalidade específica: benefícios como alimentação ou refeição estão vinculados ao PAT e não podem ser usados para outras finalidades, como premiação;
  2. Ausência de natureza salarial: quando utilizados corretamente, os benefícios não integram o salário, ou seja, não geram encargos como FGTS ou INSS;
  3. Obrigação de compliance: a empresa deve garantir que os valores não sejam convertidos em dinheiro ou desviados da finalidade inicial.

Ao aplicar corretamente os benefícios flexíveis, a organização mantém a conformidade legal e protege-se contra questionamentos em auditorias ou ações trabalhistas.

Benefício não é prêmio: entenda os riscos do uso indevido

Um dos erros mais comuns nas empresas é utilizar cartões de benefício flexível como premiação para colaboradores, o que representa desvio de finalidade.

Esses cartões são regulamentados para uso em categorias específicas, principalmente alimentação, cultura ou transporte.

Usá-los como forma de recompensa por metas, campanhas ou reconhecimento pode configurar infração à legislação trabalhista, especialmente em empresas vinculadas ao PAT.

As principais consequências do uso indevido incluem:

  1. Recolhimento retroativo de encargos trabalhistas (INSS, FGTS, IRRF);
  2. Questionamentos em caso de rescisão contratual;
  3. Multas administrativas e autuações em fiscalizações do trabalho;
  4. Descaracterização do benefício, transformando-o em verba de natureza salarial.

O ideal é separar com clareza o que são benefícios obrigatórios ou facultativos e o que são premiações. Cada item tem regras próprias de tributação, natureza jurídica e finalidade.

O modelo correto para premiação: segurança jurídica e incentivo real

Para empresas que desejam reconhecer colaboradores, parceiros ou equipes de vendas, é essencial optar por modelos específicos de premiação, como:

  1. Cartões de premiação: esses cartões não estão vinculados ao PAT e possuem natureza jurídica de incentivo, permitindo liberdade de uso com segurança jurídica. Eles contam com nota fiscal específica e não se confundem com salário ou benefício trabalhista.
  2. Catálogos de prêmios ou pontos: soluções gamificadas com acúmulo de pontos, trocas por experiências, produtos ou serviços são muito utilizadas em programas de metas. Além de seguras, oferecem engajamento e senso de conquista.
  3. Soluções integradas a metas e CRMs: modelos que acompanham o atingimento de metas em tempo real e fazem a distribuição automatizada de recompensas reduzem o risco de erros operacionais e ampliam a performance das equipes.

Ao utilizar soluções específicas para premiação, a empresa protege-se de passivos legais e ainda oferece uma experiência motivadora ao colaborador premiado.

Como implementar benefícios flexíveis com responsabilidade

Abaixo, um passo a passo para adotar benefícios flexíveis com segurança:

  1. Estruture sua política de benefícios: antes de contratar uma plataforma, defina o valor mensal, as categorias que serão oferecidas e os critérios para elegibilidade. Garanta que tudo esteja documentado com respaldo do jurídico.
  2. Escolha um parceiro confiável: opte por soluções que sigam o modelo fiscal adequado, permitam gestão centralizada e ofereçam controle por parte do RH.
  3. Estabeleça limites e orientações de uso: informe os colaboradores sobre as categorias autorizadas, os valores disponíveis e a periodicidade de recarga. A comunicação clara reduz o risco de uso indevido.
  4. Separe ações de premiação de programas de benefícios: nunca utilize o mesmo canal ou cartão para pagar bonificações e benefícios. Misturar os dois usos pode levar a interpretações equivocadas em auditorias, gerar passivos trabalhistas e comprometer a credibilidade do programa de incentivo. 
  5. Monitore o uso e atualize as diretrizes periodicamente: com o tempo, novas demandas podem surgir. Avaliar o uso permite ajustes nas categorias e atualização do pacote, mantendo o engajamento da equipe.

Como os benefícios flexíveis impactam o employer branding

Além dos efeitos práticos, os benefícios flexíveis reforçam o posicionamento da empresa como marca empregadora moderna, responsável e atenta às novas exigências do mercado.

Oferecer liberdade de escolha demonstra que a organização valoriza a individualidade, o bem-estar e a diversidade, o que é altamente valorizado pelas novas gerações no ambiente de trabalho.

Mas atenção, o discurso só será bem percebido se vier acompanhado de boas práticas jurídicas e fiscais. O colaborador precisa confiar que está recebendo um benefício legal, funcional e estável.

Funcionária feliz com cartão de benefícios flexíveis

Conclusão

Ao longo deste artigo, você entendeu que benefícios flexíveis são uma ferramenta estratégica de valorização da equipe, mas que precisam ser estruturados com atenção à legislação para evitar problemas trabalhistas.

Reforçamos que benefício não é prêmio, e que utilizar cartões de alimentação ou cultura para recompensas pode gerar riscos jurídicos sérios.

A forma correta de premiar equipes é por meio de soluções específicas de incentivo, como cartões de premiação, catálogos ou plataformas integradas a metas.

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